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Dolly Parton: mais do que a rainha do country

Dolly Rebecca Parton, nascida em 19 de janeiro de 1946, em Locust Ridge, Tennessee, ascendeu de origens humildes para se tornar uma das figuras mais influentes da história da música americana, não apenas do country. Desde os primeiros anos passados ao pé das Great Smoky Mountains até alcançar fama internacional, a jornada de Dolly Parton não é apenas um sucesso musical, mas também uma demonstração de resiliência, generosidade e uma luta incansável pelos direitos das mulheres e das minorias.

 

Crescendo em uma grande família empobrecida, Parton descobriu seu amor pela música desde cedo. Criada em uma casa cheia de canções e histórias, ela aperfeiçoou suas habilidades como cantora e compositora, inspirando-se nas pessoas e nas paisagens de suas raízes nos Apalaches. Já aos 10 anos, ela se apresentava em programas de rádio e televisão locais, anunciando a carreira extraordinária que a aguardava.

 

Em 1967, o talento de Parton chamou a atenção da lenda da música country Porter Wagoner, que a convidou para seu programa de televisão como artista regular. Essa colaboração foi um ponto de virada em sua carreira, abrindo caminho para seu sucesso solo. No final dos anos 60 e 70, Parton lançou uma série de sucessos, incluindo “Jolene”, “Coat of Many Colors” e “Here You Come Again”, tornando-se uma das vozes mais queridas da música country.

 

Mas talvez seu legado mais duradouro seja a icônica canção “I Will Always Love You”. Escrito por Parton em 1973 como uma despedida para seu mentor e colaborador Porter Wagoner, a letra sincera e a melodia comovente da música conquistaram o público em todo o mundo. Embora a versão de Whitney Houston tenha se tornado uma sensação global nos anos 90, a composição original de Parton conquistou os corações dos ouvintes com suas emoções cruas e beleza atemporal.

 

No entanto, a atividade de Dolly Parton não se limita à música. Ela é uma pioneira na promoção dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. Como uma feminista incansável, ela usou sua posição para lutar contra o sexismo, a discriminação e as desigualdades. Desde abordar questões relacionadas ao local de trabalho em canções como “9 to 5” até lutar pelo acesso à educação e saúde, Parton nunca teve medo de desafiar o status quo e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.

 

Em uma carreira que se estende por mais de seis décadas, Dolly Parton alcançou um sucesso incomparável e deixou uma marca indelével no mundo da música e da cultura. Parton detém o recorde de maior número de sucessos número um entre as artistas country, com 25 hits, e o recorde de maior número de álbuns country no top 10 da lista Billboard Top Country Albums, com 41 álbuns.

 

Hoje, Parton tem 78 anos e nem pensa em se aposentar. Ela continua lançando álbuns, fazendo shows solo e ao lado de sua afilhada Miley Cyrus. Ela também atua ativamente na defesa dos direitos das mulheres e da comunidade LGBT+.

 

Parton se tornou uma lenda viva, que, no entanto, mantém os pés no chão. Ciente das normas impostas às mulheres "em certa idade" e da cultura do cancelamento na indústria musical, ela não pretende sair de cena tão cedo. Hoje, seu legado inspira as maiores estrelas da música. O melhor exemplo disso é o álbum country mais recente de Beyoncé, “Cowboy Carter”. Quem diria que a rainha do pop cantaria covers da rainha do country? É preciso admitir que a música é um universo cujas fronteiras se desvanecem e isso é uma vantagem para nós, ouvintes!

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