Dinheiro e relacionamentos: uma combinação explosiva
A vida a dois não é fácil. Ciúmes, desentendimentos e stress são alguns dos motivos pelos quais casais brigam, o que é absolutamente comum. Não existe relacionamento sem conflito e, na verdade, discussões podem até ser importantes para o desenvolvimento do casal. Existe, porém, um ponto que tem o potencial de trazer à tona o que há de pior em cada ser humano e é um dos mais difíceis obstáculos para relacionamentos duradouros: o bolso.
Uma pesquisa recente da Serasa Experian realizada com 2 mil pessoas, por exemplo, acusou que apenas 3% da população não esconde ou não esconderia nada do parceiro quando o assunto é dinheiro. Já no Reino Unido, questões relacionadas às finanças são responsáveis por 56% dos divórcios no país nos últimos seis anos.
O dinheiro – caracterizado como vil metal pela eterna Elis Regina – pode não trazer felicidade, como ensinam os livros e contos infantis, mas a verdade é que ele traz muita segurança. Na vida a dois, então, esconder gastos e não estar alinhado com seu parceiro para grandes decisões financeiras podem, sim, desgastar um relacionamento. A principal dica para não cair nesta armadilha é a franqueza. Falar de dinheiro pode por vezes ser doloroso, mas é também uma experiência enriquecedora que vai ajudar o casal não apenas a alcançar seus objetivos, mas também se abrir um para o outro. Confira abaixo algumas dicas para facilitar a abordagem do tema.
Busque a tranquilidade e o conforto: falar sobre dinheiro é estressante, é claro. Então, evite tocar no assunto em momentos de stress. Uma conversa após o expediente, após um longo e cansativo dia de trabalho, por exemplo, será pouco produtiva. Busque horários de tranquilidade, como em um domingo, sem pressa. Também vá com calma: de pouco adianta chegar com a fatura do cartão de crédito e dedo a riste, pronto para jogar toda a responsabilidade no parceiro. Mantenha a cabeça fria e lembre-se: vocês dois estão combatendo um problema de forma unida, e não buscando culpados.
Conheça o perfil de seu parceiro: enquanto alguns são mais gastadores, outros são mais poupadores. Tem também aquele que entra no mercado e já pega o primeiro produto que aparecer na frente, enquanto há quem pesquisa minuciosamente pela melhor oferta. Conhecer o perfil financeiro de seu parceiro vai ajudar não apenas na hora do planejamento, mas também na hora de definir quem vai pagar o quê.
Pense em objetivos a curto e longo prazo: estabeleçam uma conta conjunta para as despesas do casal e se planejem para sempre guardar uma grana no final do mês, se possível. Com metas divididas, fica mais fácil trabalhar em conjunto.
Menosprezar a importância do dinheiro para um relacionamento duradouro realmente não é a melhor estratégia. Afinal, grandes objetivos da vida a dois, como o casamento, moradias, viagens e até filhos requerem, sim, muito planejamento financeiro. O dinheiro (ou a falta dele) vão trazer dores de cabeça, sim, mas, com muita franqueza e honestidade, é possível levar uma vida tranquila com o seu grande amor.
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